quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Reino Protista

É o reino que apresenta menos consenso entre a comunidade científica dada a diversidade de organismos nele incluídos. A sua definição é por isso difícil, considerando-se geralmente que os organismos deste reino são eucariontes, uni- ou pluricelulares, embora de estrutura muito simples, sem diferenciação celular e que não pertencem aos reinos Fungi, Plantae ou Animalia. É um grupo polifilético, isto é, o reino não inclui todos os descendentes de um mesmo ancestral. Embora seja uma classificação bastante artificial e, frequentemente, errónea, é comum dividir os protistas em três grupos pelas suas semelhanças com os outros reinos de eucariontes:
  • protozoários – semelhantes a animais
  • algas – semelhantes a plantas
  • mixomicetes – semelhantes a fungos

Protozoários Os organismos deste grupo são unicelulares e heterotróficos, de nutrição por absorção ou fagocitose (ingestão celular); alguns são imóveis e outros podem deslocar-se com flagelos, cílios ou pseudópodes. Dois exemplos:
  • Amiba – ser unicelular, movimenta-se e “captura” os alimentos emitindo prolongamentos citoplasmáticos – os pseudópodes – que envolvem as partículas alimentares e as incoroporam no citoplasma dentro de um vacúolo digestivo (ver filme). Dentro do vacúolo estas partículas vão ser digeridas pela acção de enzimas digestivas citoplasmáticas, e após a digestão passam para o citoplasma por difusão.
Ficheiro:Amoeba.microscope.JPG
  • Paramécia – organismo unicelular de forma constante com a membrana celular revestida por cílios que permitem a sua deslocação, por movimentos rítmicos. A membrana apresenta um sulco que penetra na célula – o sulco oral – por onde os alimentos são ingeridos. O sulco oral prolonga-se pela citofaringe, por onde os alimentos passam até serem incluídos no citoplasma por endocitose em vacúolos digestivos. Os produtos resultantes da digestão passam, por difusão, para o citoplasma e o restante é eliminado para o exterior por exocitose. As paramécias têm dois núcleos: o macronúcleo (ou núcleo vegetativo) e o micronúcleo (núcleo germinativo).
Ficheiro:Paramecium.jpg
Alguns protozoários parasitas são responsáveis por um elevado número de mortes nos humanos. O Trypanossoma gambiense, que provoca a doença do sono, tem como hospedeiro intermediário a mosca tse-tse. O parasita instala-se no intestino da mosca, quando suga o sangue de algum animal infectado, reproduzindo-se. Os descendentes migram para as suas glândulas salivares e irão contaminar animais picados pela mosca. O Plasmodium vivax, responsável pela malária ou paludismo, tem como hospedeiro intermediário a fêmea do mosquito Anopheles sp. que o transmite ao Homem. Após um período de multiplicação activa no fígado, o parasita entra na corrente sanguínea infectando e destruindo as hemácias. Quando atinge o cérebro, é normalmente fatal.

Algas As algas são organismo simples, unicelulares, coloniais ou pluricelulares sem diferenciação, aquáticos e autotróficos. Todas as algas possuem plastídeos com clorofila a e carotenóides. Normalmente, não possuem estruturas reprodutoras muito especializadas e os seus gâmetas são libertados na água, ocorrendo fecundação externa. Apesar de possuírem um aparelho fotossintético completamente funcional, a genómica tem recentemente demonstrado que alguns géneros são geneticamente muito mais próximos dos animais (por exemplo, cocolitóforos)
Exemplos de algas:
  • diatomáceas – unicelulares, com carapaças com duas valvas siliciosas, com dois platos lamelares com clorofilas a e c e fucoxantina. As diatomáceas são responsáveis pela acumulação de grandes quantidades de sílica nos fundos oceânicos.
Ficheiro:diatomacea.jpg
  • Euglenas – unicelulares, com flagelos (um ou dois) e sem parede celular, com clorofilas a e b, tem a particularidade de poderem ser heterotróficos ingerindo os seus alimentos
Ficheiro:Euglena.jpg
  • Espirogira – algas verdes (grupo das Clorofitas), unicelulares coloniais, com clorofilas a e b com parede celular de origem celulósica
Ficheiro:Spirogyra.JPG

Mixomicetes São protistas constituídos por uma massa citoplasmática multinucleada, denominada plasmódio. Reproduzem-se de forma assexuada formando esporângios (produtores de esporos). São heterotróficos alimentando-se por fagocitose. O Dyctyostelium sp., por exemplo, tem sido usado como organismo modelo na biologia molecular e na genética, e é uma referência em estudos de comunicação, diferenciação celulares e morte celular programa.
Ficheiro:Dictyostelium.JPG

O reino Protista num minuto:
  • eucariontes
  • unicelulares (isolados ou em colónia), pluricelulares sem diferenciação
  • fotoautotróficos, quimioheterotróficos (ingestão ou absorção)
  • produtores ou microconsumidores
  • vida livre, simbióticos ou parasitas

Palavras chave: Classificação de Whittaker, eucarionte, unicelular, pluricelular
-
Criada em 09 de Setembro de 2010
Revista em 05 de Novembro de 2010
Aceite pelo editor em 25 de Janeiro de 2012

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O flagelo Bacteriano – A Nanomáquina Complexa de DEUS





O flagelo bacteriano é um pesadelo para os Neons-Darwinistas, pois eles simplesmente não conseguem explicar esse mecanismo usando a Teoria da Evolução. 



Todo mundo sabe que a teoria da evolução não passa de teoria.Nunca foi comprovada cientificamente.Pois pra um processo virar fato cientifico ele tem que ser observado.E nenhum cientista conseguiu observar o processo de evoluçao.


Mesmo visto por meio de um microscópio potente, ele parece minúsculo e insignificante. Foi comparado a um potente motor de popa preso a um barco. 




O que é o flagelo bacteriano?


Há vários tipos de flagelos (do latim, “açoite”), mas é provável que o bacteriano seja o mais estudado. Preso à parede celular da bactéria, o flagelo gira, permitindo que o micro-organismo vá para a frente, para trás, para e muda de direção. Acredita-se que metade de todas as bactérias conhecidas possui variações de flagelos.



O flagelo bacteriano é um tubo oco, com 20 nanómetros de espessura, composto pela proteína flagelina, de forma helicoidal com uma dobra à saída da membrana celular chamada "gancho", que faz com que a hélice fique virada para o exterior da célula. Entre o gancho e a estrutura basal existe uma bainha que passa através de anéis de proteína na membrana celular, que funcionam como “rolamentos”. Os organismos Gram-positivos têm 2 anéis, um na parede celular e outro na membrana, enquanto que os Gram-negativos têm 4 anéis, 2 na parede celular e 2 na membrana.


O flagelo bacteriano é activado por um “motor” rotativo composto de proteínas, localizado no ponto da membrana interna onde o flagelo tem a sua origem, e é movido por um fluxo de protões, causado por um gradiente de concentrações originado pelo metabolismo da célula (nas espécies de Vibrio o motor é uma bomba de sódio). O motor transporta prótons através da membrana, sendo activado nesse processo e é capaz de operar a 6000 a 17.000 rpm mas, com o filamento normalmente atinge apenas 200 a 1000 rpm.



O DNA das bactérias ou de outros micro-organismos contém o “projecto” do flagelo e de sua unidade propulsora. O inteiro sistema é composto por cerca de 40 proteínas, que podem ser comparadas a peças de motor. Surprendentemente, ele se monta em apenas 20 minutos!


A publicação the Evolution Controversy diz: “O flagelo bacteriano possui um motor de rotor que gira a uma velucidade de 6 mil a 17 mil rpm. Ainda mais surpreendente é que ele pode mudar de direção com apenas um quarto de rotação e daí girar a 17 mil rpm na outra direção.” A revista New Scientist chama o flagelo bacteriano de “excelente exemplo de complicado sistema molecular – uma nanomáquina complexa que está além da pericia de qualquer engenheiro humano”.


Os cientistas ficam perplexos com o fato de que o minúsculo flagelo bacteriano monta a si próprio na sequência exata necessária para que todas as 40 partes fiquem encaixadas e funcionem do modo correto.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

6 Doenças que você nunca soube que poderia pegar


Vírus e bactérias podem ser os responsáveis por males que achávamos que fossem causados por genes e estilo de vida inadequado.
A medicina do século XX foi notavelmente bem-sucedida no desenvolvimento de vacinas e antibióticos para combater doenças infecciosas. Antigos flagelos como catapora, tuberculose e febre tifoide foram controlados. Nas décadas de 60 e 70, a visão dominante era que todas as doenças causadas por micro-organismos logo seriam debeladas. Sobrariam apenas as causadas pela genética, pela idade e pelo estilo de vida pouco saudável.
Hoje essa ideia parece ingênua. Basta pensar no aumento da resistência aos antibióticos. E há outra razão que ninguém nem levava em consideração naquela época. Um número crescente de doenças que se pensava relacionadas à genética ou ao estilo de vida acabou mostrando ter origem infecciosa.
Um exemplo são as úlceras no estômago. Durante muito tempo acreditou-se que elas fossem desencadeadas pelo estresse. Na década de 80 ficou claro que muitos casos são provocados por uma bactéria chamada Helicobacter pylori. Uma pequena dose de antibióticos é tudo o que é necessário para curar a doença. É por isso que no Ocidente os índices de úlcera de estômago estão diminuindo.
Atualmente, os pesquisadores investigam a origem infecciosa de muitos outros males. Vários tipos de câncer podem ser causados por vírus. Algumas vezes porque eles se inserem em nosso DNA e danificam os genes que normalmente impedem as células de se multiplicar descontroladamente.
A ideia de que doenças crônicas como diabetes tipo 1 e obesidade possam ser contraídas tão facilmente quanto um resfriado é arrepiante. Mas levanta a possibilidade animadora de que elas possam um dia vir a ser tratadas com antibióticos ou drogas antivirais. Ou, talvez, evitadas com uma vacina. Qual das doenças mencionadas nas próximas páginas será a próxima a seguir o caminho das úlceras de estômago?
Obesidade
As pessoas engordam por causa de seus genes ou por que comem muito? É um debate antigo, que até agora ignorou uma terceira possibilidade: pegar o tipo errado de gripe. No fim dos anos 1980, Nikhil Dhurandhar, então médico em Bombaim, na Índia, soube que um vírus das galinhas tinha o efeito colateral inusitado de fazer as aves ficar obesas. Esse vírus pertencia a um grupo chamado adenovírus, que em humanos é conhecido principalmente por causar resfriados. Dhurandhar investigou se os adenovírus poderiam fazer as pessoas ficar gordas. Primeiro ele descobriu que um adenovírus humano chamado Ad-36 poderia fazer animais (galinhas, ratos e saguis) acumular quilos. Depois ele percebeu que 30% das pessoas obesas tinham anticorpos para o Ad-36 (sinal de que elas haviam entrado em contato com o vírus anteriormente). Apenas 4% dos magros tinham esses anticorpos.
Num primeiro momento, a teoria viral da obesidade foi ridicularizada. “As pessoas achavam que ela era um absurdo”, diz Dhurandhar. Agora, outros cientistas começam a repetir as descobertas. Oito diferentes vírus foram relacionados à obesidade em vários animais. Mas nenhum outro foi observado em humanos.
Como, então, um vírus poderia fazer alguém ganhar peso? Vários mecanismos possíveis foram levantados. O vírus parece tornar o metabolismo mais lento. Também foi demonstrado que ele pode inibir um hormônio do apetite (leptina). Dhurandhar também descobriu que, quando cultivadas em laboratório, células-tronco humanas infectadas com o Ad-36 tendem a se desenvolver como células adiposas.
Dhurandhar trabalha atualmente para a empresa de biotecnologia Obetech, com sede em Richmond, na Virgínia, nos Estados Unidos. A empresa identificou cerca de 30 substâncias que matam o vírus. Realiza também testes de uma vacina em animais. “Supõe-se que a vacina poderia ser usada na infância, mas eu não sei dizer se seria uma dose para toda a vida”, diz o presidente da Obetech, Richard Atkinson. E até lá? Tente não respirar quando alguém espirrar perto de você.
Esquizofrenia
Apreciadores de gatos tomem nota: um parasita que se esconde nas fezes de gatos pode estar ligado à esquizofrenia. Estima- -se que o Toxoplasma gondii infecta cerca de 30% da população. Ainda que ele possa desencadear abortos, na maioria das pessoas acredita-se que ele cause pouco mais que dor de cabeça e garganta inflamada.
Ao longo dos últimos anos, no entanto, surgiram evidências de que esse parasita pode ter efeitos bastante sinistros em nosso comportamento. Algumas pessoas infectadas têm sintomas como alucinações e uma forte tendência a correr riscos.
Em roedores (hospedeiros naturais do toxoplasma), o parasita entra no cérebro e torna o animal menos medroso. Eles correm mais riscos – inclusive de virar comida de gato. É assim que se completa o ciclo de vida do parasita. Cistos de toxoplasma também foram encontrados no cérebro de pessoas.
Em uma análise de 42 estudos publicada em 2007, o psiquiatra Fuller Torrey, do Instituto de Pesquisa Médica Stanley, em Chevy Chase, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas com esquizofrenia tinham uma probabilidade quase três vezes mais elevada de ter anticorpos para toxoplasma do que as que não tinham a doença. Torrey também descobriu que pessoas que estavam tomando medicação para esquizofrenia tinham níveis mais baixos de anticorpos do que as que não tomavam esses remédios. Ele sugere que as drogas podem reduzir os sintomas em parte por atacar o parasita. Em testes de laboratório, sabe-se que elas fazem isso.
Torrey e outros pesquisadores suspeitam que o toxoplasma afete o cérebro e, de alguma forma, eleve os níveis do hormônio dopamina. Há muito tempo o excesso de dopamina tem sido associado à esquizofrenia. Acredita também que ele aumente o comportamento de risco.
No início de 2009, uma equipe liderada pelo geneticista Glenn McConkey, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, descobriu o que pode ser a prova definitiva. O grupo revelou que o parasita tem dois genes que codificam uma enzima responsável pela produção de dopamina.
Embora ela possa ter outras funções, a equipe acredita que o parasita pode fabricar dopamina para manipular o sistema nervoso de seu hospedeiro. “É um avanço muito importante”, diz a epidemiologista Joanne Webster, do Imperial College London, que há muito tempo estuda o toxoplasma.
Diversos grupos agora tentam desenvolver novas drogas para a esquizofrenia que funcionem por meio da erradicação do parasita. Os remédios existentes têm ação limitada contra a doença e podem ter efeitos colaterais desagradáveis como aumento de peso e espasmos faciais.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

“Lutas de jaula” entre micróbios passam o teste de Darwin

Se se colocarem duas espécies de micoorganismos numa placa de Petri, concerteza não se irá ver um combate entre elas a olho nu. No entanto, observando ao microscópio, uma guerra acesa está a ocorrer. Se os organismos utilizarem a mesma fonte de alimento e o mesmo espaço para proliferar, existirá uma competição intensa de forma a que uma espécie provoque a extinção da outra. Os cientistas que estudam este tipo de fenómenos baseiam-se numa ideia proposta por Charles Darwin em 1859, no livro “A Origem das Espécies”. Darwin defendia que, quanto mais próximas as espécies são, maior será a competição entre elas.
O ecologista Lin Jiang, do Georgia Institute of Technology, Atlanta, abordou o assunto através de micoorganismos unicelulares, de forma a tirar a limpo se a hipótese de Darwin estava correcta. “Pode olhar-se para um ecossistema maior”, afirmou Jiang, “mas no terreno há sempre factores de distracção, e a co-existência de duas espécies torna-se dependente de muitas outras coisas”. Um predador, por exemplo, pode interferir com o sistema, matando uma das espécies. Portanto, Jiang criou um sistema no laboratório recorrendo a protistas, seres unicelulares que se alimentam de bactérias.
Foram escolhidas 10 espécies de protistas – algumas próximas umas das outras e outras distantes – e emparelharam-nas em 45 possíveis combinações. Cresceram cada par em ecossistemas simples, designados por microcosmos. Estudaram os microorganismos durante 10 semanas, recolhendo amostras todas as semanas, de forma a determinar a prevalência de cada espécie de protista. Após as 10 semanas, mais de metade dos microcosmos apresentavam apenas um único tipo de protista sobrevivente.
Quando a equipa de Jian analisou e comparou os dados recolhidos, tendo por base a relação entre as diferentes espécies testadas, descobriu que a hipótese de Darwin estava correcta. De facto, quanto mais próximas eram as duas espécies de um dado microcosmos, maior era a probabilidade de no final das 10 semanas apenas restar uma das espécies. Este trabalho foi publicado na revista Ecology Letters.
Marc Cadotte, ecologista da Universidade de Toronto, afirmou: “Este trabalho vem finalmente suportar uma das maiores hipóteses de estudos antigos. Perceber de que forma as espécies competem é importante para o conhecimento acerca de como se renovam habitats, se evitam espécies invasoras, se mantêm os ecossistemas naturais, e como se aumenta a biodiversidade de uma determinada área”.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Formas comuns de bactérias

Os cocos são responsáveis por uma grande variedade de doenças, algumas delas já abordadas em outros textos deste site, como:

a) Neisseria gonorrhoeae: bactéria causadora da gonorreia (leia:
GONORREIA | CLAMÍDIA | Sintomas e tratamento)
b) Neisseria meningitidis: bactéria causadora de meningite (leia:
MENINGITE | Sintomas, Transmissão e Vacina - MD.Saúde)
c) Streptococcus pneumoniae: bactéria causadora de pneumonia (leia:
PNEUMONIA | Sintomas e tratamento)
d) Streptococcus pyogenes: bactéria causadora da amigdalite (leia:
DOR DE GARGANTA | FARINGITE | AMIGDALITE), escarlatina (leia: ESCARLATINA | Sintomas, causas e tratamento) e febre reumática (leia: FEBRE REUMÁTICA | Sintomas e tratamento).
e) Streptococcus viridans: bactéria causadora da endocardite infecciosa (leia:
ENDOCARDITE | Sintomas e tratamento )
f) Staphylococcus aureus: bactéria causadora de várias infecções, geralmente iniciadas na pele, como a celulite (leia:
ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento), terçol (leia: TERÇOL (TERSOL) | HORDEOLO | Causas e tratamento) e infecções  multirresistentes (leia: STAPHYLOCOCCUS AUREUS | quais os riscos desta bactéria?)
Espiraladas: são bactérias em forma de espiral, geralmente dividas em 2 grupos: espirilos e espiroquetas. Entre as espiroquetas, a mais comum é o Treponema pallidum, causador da sífilis (leia: SÍFILISINTOMAS E TRATAMENTO)S |
Esta divisão em formatos não é muito útil, pois existem várias bactérias com formatos diferentes, como de vírgula (vibriões), bactérias em forma de bastão que não são consideradas bacilos, presença ou ausência de flagelos, e ainda bactérias com formas hibridas, tipo cocobacilos.

Basear-se somente na forma pode causar muita confusão. Por isso, existem vários outros modos de se classificar e caracterizar as bactérias; um exemplo é método de Gram.

O Gram é um corante violeta especial usada nos laboratórios para reconhecer alguns tipos de bactérias. O método de Gram divide as bactérias em 2 grandes grupos: aquelas que quando expostas ao corante ficam com a parede celular roxa, chamados de bactérias gram-positivas e aquelas que ficam com a parede rosa, chamadas de bactérias gram-negativas.

O gram é um exame de grande utilidade na prática clínica devido a rapidez com que se obtém o resultado. Enquanto a cultura demora 48 a 72h para identificar uma bactéria, o gram fica pronto em alguns minutos.

Bactérias patogênicas

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Reino dos Protistas

 
Imagem de uma ameba em microscópio eletrônico.

Os protistas são seres vivos unicelulares e eucariontes; portanto possuem núcleo individualizado, envolvido por membrana. Possuem também organelas membranosas diversas. Nesse grupo incluem-se os protozoários e as algas unicelulares.

Os Protozoários
Protozoário é uma palavra de origem grega que significa "animal primitivo". Os protozoários receberam esse nome porque, no passado, alguns deles, ao serem estudados, foram confundidos com animais.
Os protozoários são seres heterótrofos. Podem viver isolados ou formar colônias, ter vida livre ou associar-se a outros organismos, e habitam os mais variados tipos de ambiente. Algumas espécies são parasitas de seres diversos, até mesmo do ser humano.

Tipos de locomoção dos protozoários
Existem várias espécies de protozoários, e elas podem ser classificadas em vários grupos. O critério mais utilizado pelos cientistas para essa classificação é o tipo de locomoção:
  • Sarcodíneos ou Rizópodes- são protozoários que se locomovem estendendo pseudópodes, expansões em sua célula que atuam como "falsos pés". As amebas são um exemplo de sarcodíneo.
 Flagelados - são os que "nadam" com auxílio de flagelos (longos filamentos que vibram e permitem a locomoção). Um exemplo de flagelado é a giardia.
 

Protozoários flagelados do gênero Leishmania causam a leishmaníase, doença que afeta 12 milhões de pessoas no mundo
  • Ciliados - são seres que utilizam cílios (pequenos filamentos ao longo do corpo) na locomoção, como o paramécio.
 
Ilustração (a esquerda) e microscopia eletrônica (a direita) de um paramécio.
  • Esporozoários- são protozoários que não possuem estruturas de locomoção. Eles são todos parasitas e causam doenças. Entre eles está o plasmódio, causador da malária.
 

Células vermelhas do sangue infectados com o Plasmodium falciparum, causador da malária (nas setas)

Para um organismo que não tem estruturas de locomoção para capturar alimento, o parasitismo é uma adaptação importante, pois lhe permite sobreviver retirando do ser parasitado os nutrientes de que necessita.

Reprodução dos protozoários
A maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada, principalmente por cissiparidade. Mas algumas espécies podem se reproduzir sexuadamente.
Observe, no esquema abaixo, a reprodução assexuada de um paramécio:


Um paramécio dividindo-se em dois, reprodução assexuada por cissiparidade.